O Governo e Faculdades estão dispostos a unir aulas presenciais e á distância para o próximo ano letivo, disse esta quinta-feira à Lusa o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, deixando um desafio às instituições para inovarem.

Foi aberto em Portugal uma nova iniciativa em resposta aos desafios impostos pela COVID-19, a "Skills 4 pós-Covid – Competências para o futuro". Uma iniciativa promovida pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES), em estreita articulação com a OCDE, e em colaboração com as Instituições de ensino superior.
Em reunião feita na Reitoria da Universidade do Porto, o Ministro do Ensino Superior Manuel Heitor, afirmou que as instituições e o próprio ensino têm de ter capacidade para fazer mais e melhor e usar a pandemia da Covid-19 como “oportunidade para inovar”.
“Temos de ter a capacidade para fazer mais e melhor e usar esta oportunidade [pandemia] para inovar.
Em reunião entre o Ministro Manuel Heitor e representantes das Instituições de enisno superior, foram partilhadas idéias para que até o verão "sejam garantidas as inovações necessárias que podem vir a ter impacto no próximo ano letivo”, disse o Ministro Manuel Heitor. As aulas serão feitas presencialmente e á distância e poderão sofrer diminução de horas/aula, segundo diz o Ministro Manuel Heitor.
Esta iniciativa, garantiu Manuel Heitor, permitirá “preparar eventuais alterações ao regime de graus e diplomas porque podem ser importantes sobretudo para inovar no quadro legislativo que dê origens a novos programas e também usar esta oportunidade para simplificar o processo”.
A ‘Skills 4 pós-Covid — Competências para o futuro’, promovida pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) em colaboração com as instituições de ensino superior e empregadores públicos e privados, visa “estimular uma rápida adaptação em práticas e abordagens de ensino, aprendizagem, trabalho e investigação para melhor preparar a transição para o período pós-Covid-19”.
A ‘Skills 4 pós-Covid — Competências para o futuro’ visa “reforçar” a resposta aos desafios impostos pela Covid-19, identificando os principais constrangimentos e oportunidades que a pandemia introduziu nas atividades de ensino superior e na sua relação com a ciência e mercados de trabalho.
No próximo ano letivo, a iniciativa pretende já incluir, entre outros resultados, a disseminação de práticas inovadoras de ensino e aprendizagens adaptadas a um sistema de ensino “misto e diferenciado” em todos os níveis de ensino, estabelecer novas formas de ingresso e participação no ensino superior de estudantes que completaram o secundário por vias profissionais e artísticas e fomentar a atração de estudantes internacionais, providenciando condições “Covid free”.
No que diz respeito aos programas de mobilidade e captação de alunos internacionais, o ministro afirmou que estão a ser discutidas com as instituições da iniciativa “ações especificas para garantir que o ensino superior é um local que se aprende a viver com a pandemia”.
“Estão abertos um conjunto de condições que nos garantem que as instituições portuguesas devem ser valorizadas, não apenas em Portugal, mas no mundo (…). A mobilidade tem sido assegurada e há a noção de que não pode abrandar porque está muito associada à génese da geração europeia”, concluiu.
Fonte: observador.pt